Se a regulação pessoal funciona como um músculo, podemos fortalecê-la com o exercício? Alguns estudos sugerem que sim. De fato, a realização de exercícios físicos exige esforço e determinação, o que parece reforçar os músculos da mente.
Um grupo de ex sedentários que fizeram academia por dois meses mostraram impressionantes avanços em testes de regulação pessoal comparado com o grupo de controle. Da mesma forma, relataram que passaram a fumar e beber menos, controlar seus gastos e a dar mais atenção para cuidar da casa e outros cuidados domésticos.
Outro estudo mostrou que em apenas duas semanas de atividades como monitoramento da postura, dieta, gerenciamento do humor, diminuição do ritmo, técnicas de relaxamento e monitoramento para pensamentos funcionais, desenvolveram a habilidade de regulação pessoal e melhoraram o quadro de fatiga física.
As pessoas tem mais tendência a perder a habilidade de controle pessoal a medida que anoitece, ou tê-la mais ativada na segunda feira após um fim de semana de relaxamento. Porém, pode ser carregada com uma “injeção” de emoção positiva, como assistir um filme engraçado ou um momento de afirmação pessoal.
De forma geral, não é possível moldar a personalidade para uma forma completamente diferente, mas é possível construir recursos de controle pessoal, determinação e auto compaixão para viver de forma mais saudável e satisfatória. Essas qualidades tendem a aprimorar a persistência para o alcance dos objetivos de longo prazo, melhoram a capacidade de resistir a tentações prejudiciais e desenvolvem a resiliência após crises, lutos ou outras perdas. Podem estar descarregadas depois de uma experiência estressante, mas também podem ser fortalecidas com o exercício e aplicação destas técnicas.
Outras fontes de força são nossos valores de vida. Aplicando valores como benevolência, tradição, alcance e segurança, damos à vida uma forma. Criamos uma identidade de família, passando nossos valores para nossas crianças. Temos até mesmo a impressão de haver uma espécie de transcendência mantendo esses ideais na face da nossa própria mortalidade.